Depois uns tempos tumultuados por causa do PI, aqui estamos...
As mulheres começaram a aparecer no jornalismo brasileiro a partir do século XIX, sendo os periódicos pioneiros O Mentor da Brasileiras (1829), O Espelho Diamantino (1827), O Espelho das Brasileiras (1831), A Mulher do Simplício (1832), jornal de Variedades (1835), O espelho da Bellas (1841). Esses jornais tinham em seus títulos a figura da mulher como inspiração, passando-a de forma metafórica.
Nesses jornais eram tratados assuntos do universo feminino, como comportamento e moda, e eles ainda eram editados por homens, mas a partir da segunda metade desse século, começaram a aparecer jornais editados por mulheres, que ganharam um caráter feminista. Nesses jornais as mulheres tinham espaço para expor suas opiniões e compartilhar idéias, e dentre os assuntos abordados estavam a importância da educação feminina e reinvidicação de direitos, como reconhecimento da capacidade intelectual, acesso ao trabalho, direito a divorcio e etc.
O jornal carioca, O jornal das Senhoras (1852), editado pela Argentina Joana Paula Manso de Noronha, utilizou um método interessante para alcançar seus objetivos, dirigiu seu discurso para os homens, pois de acordo com a editora as mulheres já sabiam de sua posição em relação aos homens, e estes tinham de saber o quanto era importante o papel da mulher e como tratá-las.
Para driblar o preconceito, foi necessário que os periódicos femininos deixassem claro seus objetivos, e dizer que não havia a intenção de manchar a imagem feminina nem os bons costumes.
Uma das maiores defensoras dos direitos femininos do século XIX é a redatora do jornal A Família (1888), Josefina Álvares de Azevedo. Ela defendia a emancipação total feminina e era contra o despotismo masculino. Segundo Josefina, a educação das mulheres estava associada ao progresso da nação e ao beneficio da própria mulher.
Hoje a mulher está muito presente no jornalismo, principalmente na televisão. Apesar de ainda existir diferença no número de mulheres em relação ao de homens, elas continuam crescendo e aparecendo, mostrando a mesma competência, em áreas que geralmente eram dominadas pelo homem, como esporte, economia e política, e claro sem deixar sua essência.
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