Jornalismo de Idéias


Você, como ser humano racional, pensa, certo? Imagine se, nos dias atuais, cada um resolvesse publicar o que pensa no jornal. Sua ideologia, o que pensa sobre o governo, sua crítica ao sistema, de que modo enxerga as leis...Agora, imagine só a confusão que isso resultaria!Existiria a imparcialidade jornalística que existe hoje? A resposta é simples: claro que não!Mas, por outro lado, existiria certa "overdose" de realismo, sem máscaras, sem manipulações, sem medo da verdade. Esse seria o grande ponto positivo do Jornalismo de idéias, iniciado no século 18, que se comprometia com a sociedade, com a política, com as idéias.O jornalista da época sentia-se como um ser engajado, capaz de salvar o mundo e ser o porta-voz do povo. Era um "filosofista", uma mistura de filósofo com jornalista. Aliás, jornalismo e filosofia nunca andaram tão próximos.Com a influência do período chamado de Iluminismo, onde houve uma valorização das idéias e, cada vez mais, elas brotavam e se multiplicavam no pensamento dos homens, os jornalistas da época exerciam o questionamento das coisas, das leis, das teorias, do mundo. E como isso influenciou o jornalismo da segunda fase?Os materiais produzidos carregavam um tom de crítica a tudo e a todos, principalmente ao governo do rei, tornando-se poderosas armas que ameaçavam a monarquia. Com isso, podemos, ao menos, imaginar o que viria depois: a censura. Afinal, o rei não admitia que criticassem seu governo. Mas isso não impediu que os jornalistas se calassem. O esírito de herói revolucionário permaneceu e, quem dera, tivesse permanecido até hoje também.Aqui, os jornais e textos eram argumentativos e, não podia ser diferente, já que sobravam idéias. Não havia ilustrações.

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