Retrospecto


Ainda tratando sobre o Jornalismo de Idéias, ou Jornalismo Idealista, a jornalista Andréia Moura mostra em seu texto para o site Canal da Imprensa, como o profissional da informação e, até mesmo a profissão em si, se transformou ao longo do tempo.

“O jornalismo há muito tem dificuldade em exercer seu verdadeiro papel. Está sempre falhando em servir ao povo da maneira que promete fazer. Mas isso é fácil de explicar. Uma questão básica de vocação. O jornalismo perdeu, quase que totalmente, o idealismo que o transformava em arma. Está cheio de profissionais incapazes de enxergar pela óptica límpida da justiça, da verdade. Onde está o muro de separação entre o jornalismo esperado pela sociedade e o praticado em benefício de poucos? Esse limite tênue se encontra na palavra “comprometimento”.
Jornalista sem idealismo se cansa de receber paulada. Cansa de receber tapa na cara. Cansa de tanta censura. É por isso que capitula perante o sistema e se vende a quem não paga bem. Jornalista sem idealismo não compreende as implicações da palavra compromisso e transforma a profissão criada para servir, em podridão, que serve a si mesma. Foi-se a época em que um jornalista morria por uma causa, ou melhor, que doava a vida para preservar o direito do povo à informação.
Jornalismo verdadeiro tem sede de justiça, tem faro de cão, gosta mesmo é de enfrentar uma boa briga em nome daquilo que representa a liberdade. Para concluir, nada melhor do que citar a frase de Fernando Jorge no livro “Cale a Boca Jornalista”: “Não sacrificarás teu dever ao poder.” Nosso dever é lutar por mais comprometimento na profissão. Compromisso que trará, conseqüentemente, a tão sonhada liberdade. “Morre um liberal, mas não morre a liberdade.” – João Batista Libero Badaró.”

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